Bem, uma vez que apenas assisti ao final dos the hives e a rage, não comentarei mais nenhum banda do cartaz, que neste dia era uma bela bosta, tirando rage claro. tudo nomes da pseudo intelectualidade musical e etcs. Blitzs portantos...sigamos
Grande concerto, com muita energia ou não fossem eles os Rage. muito na semelhança do concerto dado há cerca de 10 anos atrás, no mesmo local, mas pertencente ao cartaz de outro festival, a prestação em palco não esmoreceu com os anos e a vontade de pular e saltar também não. que mais se pode dizer? Apenas boa música e muita energia, sem subterfúgios, sem grandes produções. um espectáculo minimalista mas um grande espectáculo. digamos que o oposto a uns U2 onde ao vivo usa-se tudo para distrair os espectadores da música, aqui a musica é quem mais ordena.
e mais uma borla, pois claro...
Set List
(intro)sirenes Testify Bulls on Parade People of the Sun Bombtrack Know Your Enemy Bullet in the Head Without a Face Tire Me Guerrilla Radio Calm like a Bomb Sleep Now in the Fire War Within a Breath (intro) A Internacional Freedom Township Rebellion Killing in the Name
Finalmente a espera acaba. após ter comprado o bilhete em dezembro de 2007, 6 meses antes, chegou a data do concerto. Foi uma longa espera, ouvindo na net as prestações em outros países, as críticas ao concerto, e as notícias de estadios esgotadissimos no brazil, chile, colombia , australia e todo o raio de sitio onde a tourné passava. Lógico que em portugal não iria esgotar, né? Afinal são países de terceiro mundo e nós somos bué à frente, e estamos a atravessar uma crise e tal, mas sigamos em frente.
Um comentário breve à organização. Já arranjavam um palco mais decente né? Comparado com os palcos do Rock in Rio e do Alive, que miséria. Foi ver maiden e toda a sua parafernália de palco num espaço minimo, que se compararmos com rage que tocou no dia a seguir num palco enorme e sem parafernália nenhuma, é um claro contra-senso.
Salve nos as bandas, porque da organização isto tá difícil.
Breve comentário ás bandas de suporte.
Lauren Harris : É gira, mas não tem um corpo por aì além Avenged : o hamburger caiu-me muito bem, o som é que estava um bocado chato. Rose tatoo : que chimfrineira do caralho, fonix quase ficava surdo Tara perdida : ver os putos todos a curtirem a banda do ribas, é uma sensação estranha. acho que o ribas ainda vai aparecer nos morangos com açucar, com a sua cramalheira feia e sem dentes a dizer àos putos, pá a droga é má não se metam nessas cenas, e tal.
Agora o que interessa.
SLAYER
Cum caralho, mesmo em pleno dia ninguém resiste ao chamamento de War Emsemble. biqueirada pá qui e pá li, e lá perdi um ponteiro do relógio no meio da confusão. será que aquela merda se desintegrou? Foi o concerto que se esperava, com poucas palavras, poucos efeito e muito bico com o pessoal em êxtase a cantar o raining blood, Angel of Death, etc. clássicos e mais clássicos.
IRON MAIDEN.
E agora o que dizer do prato principal? já conhecia a set list, portanto surpresas não ouve, com excepção da múmia do Eddie, era o que se esperava, muito ohohohohoh, com toda a gente a cantar todas as musicas e um desfilar de clássicos sem fim, para cantar até ficar rouco e saltar como se não houvesse amanhã. Muita pirotecnia, chamas, fogo de artificio, a múmia do Eddie, o Eddie cyborg do somewhere in time em palco, o belzebu em pessoa a assistir ao The number of the beast por entre as chamas, o pessoal em palco a cantar o ohohohoh do heaven can wait.Para quem como eu cresceu a ouvir o vinil do Live after Death, só podia adorar o concerto, e muito sinceramente, acho que dificilmente poderei alguma vez gostar tanto de um concerto como este, para a memória sem duvida.
Vergonhosa a maneira como este concerto foi tratado na imprensa. Refiro dois exemplos. Blitz, que no seu site publicou uma mini critica deste dia, vergonhosa, alias desconfio que o redactor nem sequer lá esteve pelo que escreveu no texto podia muito bem nem lá ter estado.
E a pérola das pérolas, esta critica do grande jornal Destak que aqui coloco a imagem.
Oh meu caro FDP, então Mandatory Angel? Dead Hell? porra que você ouviu algo que mais ninguém ouviu. Iron Maiden não estava em boa forma? queria o quê? que com quase 50 anos os cotas andassem a correr pelo palco feito putos a brincar à apanhada? de facto, se comparar com o concerto de 1985, os homens não estão em grande forma, pudera. Agradeço o facto de terem apagado o meu comentário que fiz no site do Destak precisamente a este artigo, mas não se preocupem que fiz um print e depois venho aqui colocar, hehehe.
Up the Irons!!!
Slayer Set List
(intro ) Darkness of Christ Disciple Cult Chemical Warfare Ghost of War War Ensemble Jihad Die by the Sword Spirit in Black Captor of Sin Dead Skin Mask Hell Awaits South of Heaven Raining Blood Mandatory Suicide Angel of Death
Iron Maiden Set List
(intro )UFO - Doctor Doctor (intro )Transylvania - Introdução com videos da tourné (intro )Churchils Speech Aces High 2 Minutes to Midnight Revelations The Trooper Wasted Years The Number of the Beast Can I Play With Madness Rime of the Ancient Mariner Powerslave Heaven Can Wait Run to the Hills Fear of the Dark Iron Maiden ------ENCORE------ Moonchild The Clairvoyant Hallowed Be Thy Name
Antes de mais uma palavrinha sobre a escolha das bandas:
Machine Head está em tour com os metallica, portanto como queremos os metallica aqui de novo, que venha machine head e já só faltam duas bandas. portantos, quem é que está na berra este ano? Moonspell? bora, já temos 3 falta uma para o dia do metal, portanto bandas de metal que estejam em tourneé e que possam estar interessadas em tocar para 50 a 60 mil pessoas, deve ser dificil de escolher né? fica apocalyptica. pronto, sempre se pode variar um pouquinho.
E assim se faz um alinhamento de treta para um dia de metal. Moonspell, já se sabe já se viu muitas vezes, e ainda por cima a tocar de dia, é para esquecer, apocalyptica está claramente fora do seu ambiente, uma sala mais pequena com outro publico mais conhecedor e era um espectáculo mortal. portanto depois de dois tiros no pé, venham a prato principal. Machine head já não é o que foi, mais uma banda que passou ao lado de uma grande carreira e Metallica, visivelmente sem pica nem estaleca nesta viagem. tourné claramente para ganhar mais uns trocos, com um set-list terrívelmente fraco e um show previsivel.
concentremo-nos apenas nos pontos positivos do dia. o bilhete foi de graça, machine head puxou bué pelo publico Apocalyptica estiveram cá
Agora o resto:
se tivesse pago 53€ por um bilhete estaria agora extremamente irritado. cerveja a 2€ e bifanas a 4€ ( crise, onde?) toca de chular aí o povo. ridiculo as perucas punks cor de rosa num dia de metal e headbanging. Uau, um fã clube de metallica? em portugal? e existem desde 2004? porra, como é que vocês se lembraram dessa? nunca ninguem pensou nisso.
APocalyptica preparou claramente um set list para agradar ao pessoal, tipo uma festa, pena que penso que ninguém reconheceu a cover de sepultura com que entraram em palco. terá sido o seek and destroy o ponto alto do concerto pois acredito que mais ninguém conhecia o resto do alinhamento pelo cara de espanto. A quinta symphonia de bethoven, talvez fosse conhecida mas não granjeou muitos adeptos. incrível como eles conseguiram convencer a cristina scabbia a ir cantar com eles ao download festival e não trazem ninguém ao rock in rio. demonstra claramente que este foi apenas mais um concerto, mais um caché, nada de muito importante.
Machine head teve um som terrível. quando a bateria acelerava desaparecia a voz, as guitarras baixissimo, estragou assim um grande e memorável concerto. perabéns ao vocalista por constantemente puxar pelo público, claramente não habituados a estes multidões, passou o tempo a agradecer a atenção e a pedir mais do público. as frases do dia ficam para ele, "this is no amy winehouse, this is heavy metal!!!!" " Our guitar player is portuguese!!!" claro, deve ser a frase tipica, em cada pais o homem tem uma nacionalidade. mas valeu pela interpretação do davidian. Palmas pela interpretação de Hallowed be thy name, com todo o publico a cantar mais depressa que eles, afinal eles tocam ligeiramente mais lentos que maiden.
Para concluir, Metallica.
Para não variar, abre com its a long way to the top dos acdc ainda com luzes acesas, e depois a entrada de ecstasy of gold que precede o creeping death. pelo meio temos as baladinhas do nothing else matters e do one, que terá muitos sonoros de explosões e tiros. haverá fogo de artificio no enter sandman. o james estará com a sua frase tipo" lisboa, are you with metallica, metallica is with you" o trujillo despede-se com o tá-se bem e o lars lá irá comunicar que vai sair um novo album e para o ano estarão cá novamente. portanto, ao nível de espectáculo, tudo na mesma. este ano, tivemos de ouvir mais musicas da fase Load/Reload. será um prognóstico para o novo album? esperemos que não!!! Metallica está a ficar parecido com rolling stones, cada nova tourné é a mesma coisa, o povo vibra é com as musicas antigas o resto cruza os braços e espera que acabe. de resto, como espectáculo continua muito profissional, mas neste faltou aquela pequena dose de agressividade que torna um espectáculo de metallica um grande espectáculo. portanto com uma fraca prestação e um fraco set list, resta-nos esperar pela salvação. ou seja, entregamos nas mãos do rick rubin a salvação dos metallica, porque ninguém aguenta outro saint anger, e para ano, ou isto muda ou já nem de graça eu vou ver estes gajos!
Set lists
Metallica:
Creeping Death Fuel Wherever i may roam Harvester Of Sorrow Bleeding Me King Nothing No Remorse Devil’s Dance (Welcome Home) Sanitarium Master Of Puppets Damage Inc. Nothing Else Matters Sad But True One Enter Sandman ______
Last Caress So What? Seek and Destroy
Machine Head :
Clenching The Fists Of Dissent Imperium Now I Lay Thee Down Ten Ton Hammer Aesthetics Old Hallowed Be Thy Name Halo Take My Scars Descend The Shades Of Night Davidian
Apocalyptica :
Refuse/Resist Grace I'm Not Jesus Ion Fight Fire with Fire Beethoven Betrayal Bittersweet Last Hope Seek and Destroy Inquisition Symphony Hall of the Mountain King Seemann
Finalmente após muitos anos de espera, a possibilidade de assistir a nick cave ao vivo. Sempre por diversas razões, fosse falta de guito ou simplesmente por lotação esgotada ( não foi uma vez só ) não ouve a possibilidade de assistir a este grande senhor ao vivo, e isto já desde o Henry´s Dream. Mas desta foi de vez e o autor correspondeu com uma performance à altura. Longe já das sessões pianistas de albuns mais introvertidos, o concerto serviu para tocar na integra o novo Lazarus, que é um álbum bastante interessante e com um groove muito seu. Todas as canções do album estavam afinadinhas e o som estava porreiro. O problema eram as faixas mais antigas que destoavam na qualidade do som, sem esquecer os enganos e os pregos que se sucederam em diversas músicas para risada pouco escondida do mick e até o esquecer de parte da letra de Straight to You.
O homem afinal está vivo, bem disposto como se pode constatar por tocar o into my arms quase a rir ao invés do choradinho que se impunha.
Quanto aos Bad Seeds, não conhecia a vertente de utilizar duas baterias em palco, o que me surpreendeu pelo estrondo com que irromperam em palco e pela vontade com que um dos baterista batia nas peles, tendo pelo menos visto umas três baquetes partirem-se conforme o homem atacava as batidas mais possantes. Do restantes elementos comandados pelo Mick Harvey, uma actuação sóbria e discreta, deixando o palco para que o seu líder pudesse centrar todas as atenções da noite.
Quanto ao substituto de Blixa, actuação discreta do homem das mini guitarras em músicas que não fossem do novo album, também ele deixando espaço em palco para o comandante cave.
Enfim, já posso dizer que vi Nick Cave ao vivo, aguardarei agora por nova visita em que o alinhamento não seja tão focado neste novo album, mas que possa abranger outros clássicos imortais.
ALINHAMENTO
1. Night of the Lotus Eaters 2. Today’s Lession 3. Red Right Hand 4. Dig, Lazarus, Dig!!! 5. Tupelo 6. Moonland 7. Deanna 8. The Ship Song 9. Jesus of the Moon 10. Lie Down Here (& Be My Girl) 11. I Let Love In 12. Papa Won’t Leave You, Henry 13. Midnight Man 14. More News From Nowhere 15. Get Ready For Love 16. Stagger Lee
ENCORE 1
17. The Lyre of Orpheus 18. Wanted Man 19. Your Funeral My Trial 20. Straight To You 21. Into My Arms
ENCORE 2
22. We Call Upon The Author 23. Albert Goes West 24. Nobody’s Baby Now
Antes de mais uma palavra para a banda de suporte, os Hawk and a Hacksaw. um gajo com um acordeão, uma gaja de violino e outros dois gajos, um deles já cota, que mudavam de trompeta e flauta para violino e bandolim. Foi a primeira vez que vi alguém tocar acordeão e bateria ao mesmo tempo. Era um pé para o bombo outro para o prato de choque. se tivesse mandado uma cabeçado nos pratos também enquanto tocava tinha sido lindo, como não deu, paciencia sigamos em frente.
De referir que não sou adepto de concertos em que não conheço as músicas que vão ser tocadas, e este concerto em que se apresentava o novo album um mês antes do seu lançamento tinha tudo para não dar certo. No entanto, e falando de Portishead, salta logo à memória o fabuloso concerto de há 10 anos atrás no Sudoeste e portanto, a ideia foi arriscar e comprar o bilhete uns dois meses antes de saber o que viria aí. Os bilhetes esgotaram rápidamente mas o meu já estava garantido. Faltava conhecer o novo albúm que uma visita aos locais correctos da net em breve permitiu analisar o novo album ainda antes do concerto.
Passando ao que interessa, podemos dizer que foi uma actuação ao nível daquela que se assistiu à 10 anos atrás, tendo os novos temas do futuro album Third dado uma consistência muito boa e mostrado algo de diferente do que já tinha sido visto anteriormente. Muito boa a abertura com a batida de Silence a captar a atenção do público logo de inicio. Excelente a interpretação de The Rip, daquelas interpretações memoráveis. Uma interpretação de wandering star numa versão intimista com a Beth a ser apenas acompanhada por baixo e guitarra para depois começar com os ritmos mecânicos de Machine Gun. Muito bom o final do Encore com We carry on e a banda a mostrar uma chimfrineira que mais lembrava uns nine inch nails que os Portishead propriamente dito. No meio disto tudo, clássicos intemporais da banda como numb, glory box, roads, enfim, quase duas horas de imensidão sonora que nos transportou para uma nova dimensão algures entre a sonolência e a melancolia, num estado quase vegetativo de suspense. Muito bom mesmo.
Uma nota final para a Beth, que passou o concerto todo de costas para o público com a sua garrafinha de agua na mão, excepto quando cantava claro, a redimir-se depois no final para o encore com abraços e cumprimentos ao pessoal da primeira fila.
Silence Hunter Mysterons The Rip Glory Box Numb Magic Doors Wandering Star Machine Gun Over Sour Times Only You Nylon Smile Cowboys