Portishead - Março de 2008

1

Posted by simanick | Posted in , | Posted on






Antes de mais uma palavra para a banda de suporte, os Hawk and a Hacksaw. um gajo com um acordeão, uma gaja de violino e outros dois gajos, um deles já cota, que mudavam de trompeta e flauta para violino e bandolim. Foi a primeira vez que vi alguém tocar acordeão e bateria ao mesmo tempo. Era um pé para o bombo outro para o prato de choque. se tivesse mandado uma cabeçado nos pratos também enquanto tocava tinha sido lindo, como não deu, paciencia sigamos em frente.

De referir que não sou adepto de concertos em que não conheço as músicas que vão ser tocadas, e este concerto em que se apresentava o novo album um mês antes do seu lançamento tinha tudo para não dar certo. No entanto, e falando de Portishead, salta logo à memória o fabuloso concerto de há 10 anos atrás no Sudoeste e portanto, a ideia foi arriscar e comprar o bilhete uns dois meses antes de saber o que viria aí. Os bilhetes esgotaram rápidamente mas o meu já estava garantido. Faltava conhecer o novo albúm que uma visita aos locais correctos da net em breve permitiu analisar o novo album ainda antes do concerto.

Passando ao que interessa, podemos dizer que foi uma actuação ao nível daquela que se assistiu à 10 anos atrás, tendo os novos temas do futuro album Third dado uma consistência muito boa e mostrado algo de diferente do que já tinha sido visto anteriormente. Muito boa a abertura com a batida de Silence a captar a atenção do público logo de inicio. Excelente a interpretação de The Rip, daquelas interpretações memoráveis. Uma interpretação de wandering star numa versão intimista com a Beth a ser apenas acompanhada por baixo e guitarra para depois começar com os ritmos mecânicos de Machine Gun. Muito bom o final do Encore com We carry on e a banda a mostrar uma chimfrineira que mais lembrava uns nine inch nails que os Portishead propriamente dito. No meio disto tudo, clássicos intemporais da banda como numb, glory box, roads, enfim, quase duas horas de imensidão sonora que nos transportou para uma nova dimensão algures entre a sonolência e a melancolia, num estado quase vegetativo de suspense. Muito bom mesmo.

Uma nota final para a Beth, que passou o concerto todo de costas para o público com a sua garrafinha de agua na mão, excepto quando cantava claro, a redimir-se depois no final para o encore com abraços e cumprimentos ao pessoal da primeira fila.



Silence
Hunter
Mysterons
The Rip
Glory Box
Numb
Magic Doors
Wandering Star
Machine Gun
Over
Sour Times
Only You
Nylon Smile
Cowboys


Threads
Roads
We Carry On


Videos

Silence



Mysterons




Machine gun



Over



Cowboys



Roads

Related Posts with Thumbnails